quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SUS - SISTEMA UTÓPICO DE SAÚDE

Toda história da humanidade foi permeada pela luta do povo por direitos e conquistas. Esta luta, marcada muitas vezes por derramamento de sangue, proporcionou a cada povo um ensinamento: é preciso buscar e exigir os direitos humanos.
A situação da saúde no país, em termos de direitos, avançou bastante, mas o que de fato constatamos é disperdício de dinheiro e falta de empenho. Por outro lado, encontramos uma nação cansada com as atitudes dos políticos corruptos e uma generalização de descrença nos serviços públicos. Não é de se estranhar que os brasileiros de classe média e alta preferem pagar um plano de saúde do que usufruir de um direito conquistado. A falta de qualidade do serviço deveria provocar na população um movimento de indignação e contestação mas, de fato, apenas a indignação ocorre. Encontramos em diversos ambientes sociais, pessoas reclamando e falando sobre a defasagem do sistema em questão. Mas o que de fato nós temos feito para que este direito saia do papel? Será que não estamos nos omitindo quando apenas pagamos um plano de saúde (pois assim resolvo meu problema, os outros que se virem...)?
Frente a estas questões destaco o papel da escola: nossa esperança está na educação das crianças e jovens, a escola necessita formar alunos críticos, responsáveis e lutadores pelos seus direitos, caso contrário, este sistema, que já considero utópico se tornará um museu.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A BUSCA PELO PADRÃO DE BELEZA

A ditadura da beleza está massacrando nossos jovens. A mesma mídia que alerta sobre os perigos dos anabolizantes e a prática exagerada de exercícios físicos propaga a comercialização de um corpo perfeito (existe?), como necessidade de alcançar autoestima, felicidade e aceitação social. A valorização dos artistas com corpos esculpidos, sarados empurra os jovens para o desejo incontrolável de imitá-los, de alcançar um padrão de beleza que seja aceitável na sociedade consumista. Cabe perguntarmos: o que estão fazendo com os nossos jovens? Quanto vale a busca desesperada pela beleza externa? O corpo se tornou algo descartável, produto de consumo?

Estas questões devem provocar preocupações para os educadores. Estamos frequentemente constatando problemas sobre a autoimagem dos alunos. Precisamos alertá-los que nós não temos um corpo, nós somos um corpo, que sente, que se expressa, sofre, regozija-se, etc. Por isso, não somos duas dimensões (corpo e mente) como se acreditava antes, somos um todo indivisível, indissociável. Portanto, quando queremos “aumentar”, “diminuir”, “cortar” ou fazer qualquer modificação neste corpo, corremos o risco de mudar nossa própria essência, além dos riscos à saúde. É importante levar essa reflexão aos nossos alunos (o vídeo sobre ginecomastia é indicado para isso: http://youtu.be/yx6NUAjuwRY). Discutir sobre a estética corporal com os alunos é algo desafiador, devido à massificação da mídia/moda com a indústria da beleza e corpos bem definidos. Contudo, podemos provocar reflexões e apresentar depoimentos, como diverso vídeos disponíveis na internet.