Toda história da humanidade foi permeada pela luta do povo por direitos e
conquistas. Esta luta, marcada muitas vezes por derramamento de sangue,
proporcionou a cada povo um ensinamento: é preciso buscar e exigir os
direitos humanos.
A situação da saúde no país, em termos de direitos,
avançou bastante, mas o que de fato constatamos é disperdício de
dinheiro e falta de empenho. Por outro lado, encontramos uma nação
cansada com as atitudes dos políticos corruptos e uma generalização de
descrença nos serviços públicos. Não é de se estranhar que os
brasileiros de classe média e alta preferem pagar um plano de saúde do
que usufruir de um direito conquistado. A falta de qualidade do serviço
deveria provocar na população um movimento de indignação e contestação
mas, de fato, apenas a indignação ocorre. Encontramos em diversos
ambientes sociais, pessoas reclamando e falando sobre a defasagem do
sistema em questão. Mas o que de fato nós temos feito para que este
direito saia do papel? Será que não estamos nos omitindo quando apenas
pagamos um plano de saúde (pois assim resolvo meu problema, os outros
que se virem...)?
Frente a estas questões destaco o papel da escola: nossa esperança está na educação das
crianças e jovens, a escola necessita formar alunos críticos,
responsáveis e lutadores pelos seus direitos, caso contrário, este
sistema, que já considero utópico se tornará um museu.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A BUSCA PELO PADRÃO DE BELEZA
A ditadura da
beleza está massacrando nossos jovens. A mesma mídia que alerta sobre os
perigos dos anabolizantes e a prática exagerada de exercícios físicos
propaga a comercialização de um corpo perfeito (existe?), como
necessidade de alcançar autoestima, felicidade e aceitação social. A
valorização dos artistas com corpos esculpidos, sarados empurra os
jovens para o desejo incontrolável de imitá-los, de alcançar um padrão
de beleza que seja aceitável na sociedade consumista. Cabe perguntarmos:
o que estão fazendo com os nossos jovens? Quanto vale a busca
desesperada pela beleza externa? O corpo se tornou algo descartável,
produto de consumo?
Estas questões
devem provocar preocupações para os educadores. Estamos frequentemente
constatando problemas sobre a autoimagem dos alunos. Precisamos
alertá-los que nós não temos um corpo, nós somos um corpo, que sente,
que se expressa, sofre, regozija-se, etc. Por isso, não somos duas
dimensões (corpo e mente) como se acreditava antes, somos um todo
indivisível, indissociável. Portanto, quando queremos “aumentar”,
“diminuir”, “cortar” ou fazer qualquer modificação neste corpo, corremos
o risco de mudar nossa própria essência, além dos riscos à saúde. É
importante levar essa reflexão aos nossos alunos (o vídeo sobre
ginecomastia é indicado para isso: http://youtu.be/yx6NUAjuwRY). Discutir sobre a estética corporal
com os alunos é algo desafiador, devido à massificação da mídia/moda com
a indústria da beleza e corpos bem definidos. Contudo, podemos provocar
reflexões e apresentar depoimentos, como diverso vídeos disponíveis na internet.
Assinar:
Postagens (Atom)