O saneamento básico corresponde ao abastecimento de água nas resedências, à drenagem urbana e à coleta e tratamento do esgoto e lixo. Mas esse serviço, como o próprio nome esclarece (básico), deveria ser um direito assegurado de toda população, todavia não é.
Dados da Organização Pan-Americana da saúde apontam que 60 milhões de brasileiros não contam com coleta de esgoto e 15 milhões (3,4 milhões de domicílios) não têm acesso a água encanada. Quase 75% de todo esgoto sanitário coletado nas cidades é despejado sem tratamento aumentando a poluição.
Sobre a coleta do lixo, temos 16 milhões de brasileiros que não são atendidos pelo serviço de coleta e em 64% dos municípios o lixo coletado é jogado em lixões abertos, aproximadamente 82 mil toneladas são lançadas todos os dias no meio ambiente.
Outras situações aumentam mais ainda às agressões ao meio ambiente. A falta de drenagem urbana, por exemplo, provoca alagamentos e enchentes; a falta de coleta e destino adequado dos resíduos sólidos; as queimadas e os desmatamentos. Muitos destes problemas são causados pela omissão do poder público somado à falta de consciência de muitos cidadãos.
Diante de tão dura realidade é necessário tomar atitudes sérias para a transformação desta situação. A proposta da educação ambiental oferece ações educativas que necessitam da participação popular para alcançar efeitos positivos e transformação do quadro atual.
O papel da escola é fundamental neste processo. Como instituição voltada para a formação do ser humano, a escola pode, além de oferecer um ambiente educativo propício à assimilação de conteúdos afins, planejar diversos projetos e estratégias para contribuir com a educação e reeducação ambiental, tais como: promover uma parceria escola/comunidade, traçando metas, levantando os problemas, organizando mutirões de limpeza, palestras, panfletagem, entre outros.
As mudanças ocorrerão quando, cada vez mais, a consciência ambiental deixar de ser individual e tornar-se coletiva e a escola é uma grande aliada para essa transição.
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